4 alternativas para reduzir acidentes de trabalho nas empresas

Consultoria em Segurança do Trabalho - Evitar acidentes de trabalho

Acidentes de trabalho ainda acontecem, infelizmente, com muita frequência no Brasil. Para se ter ideia, o país é o 4º com mais óbitos por esse motivo, segundo o ranking mundial da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Investir em prevenção é a melhor saída para reduzir o número de incidentes do tipo. Ou seja, é preciso proporcionar um ambiente saudável e com condições de trabalho adequadas aos colaboradores.

Interessou-se pelo assunto? Quer saber o que deve ser feito para que funcionários possam desempenhar suas funções com mais segurança? Então, continue a leitura deste artigo e confira:

Acidentes de trabalho: entenda a gravidade da situação

Para atuar de forma adequada na prevenção de problemas no ambiente de trabalho, o primeiro passo é entender do que se trata. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), acidentes de trabalho é a “ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada ao exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou que decorre de risco próximo ou remoto dessa lesão”.

No Brasil, os dados oficiais mostram que ainda temos sérios problemas nessa área. Não são nada favoráveis as estatísticas da Previdência Social: entre 2007 e 2013, foram registradas 5 milhões de ocorrências do tipo, sendo que 45% delas resultou em mortes, invalidez ou afastamentos permanentes ou temporários.

Como se pode imaginar, essa situação gera altos custos para toda a sociedade. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagou um total de R$ 58 bilhões com indenizações aos acidentados no mesmo período (2007 a 2013).

Saiba o que fazer para reduzir os problemas

Cada empresa deve analisar como pode evitar problemas mais sérios, levando em consideração as particularidades da sua atividade. Mas vale ressaltar que existe, sim, um caminho comum a ser seguido.

Vamos detalhar todos os pontos na sequência, mas, por ora, registre essa informação: qualquer organização, independentemente do porte ou ramo de atuação, deve se preocupar com o assunto.

Além disso, é preciso adotar as medidas necessárias para minimizar as chances de enfrentar esse tipo de problema. Para estruturar adequadamente seu trabalho, siga as dicas a seguir:


1. Faça o diagnóstico de riscos

Para promover um ambiente seguro ao trabalhador, é preciso conhecer, primeiramente, quais são os riscos aos quais ele está exposto no seu dia a dia. Segundo a norma regulamentadora número 17 (NR 17), que trata da ergonomia do trabalho, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET).

A norma regulamentadora número 9 ( NR9), estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

É a partir da elaboração do PPRA e da AET que o diagnóstico de risco é realizado. E, além de indicar os problemas, é preciso propor soluções capazes de reduzir ou extinguir o risco existente. O objetivo é melhorar a realização das tarefas laborais e a condição do ambiente de trabalho ao colaborador.

Em relação à ergonomia, a análise deve envolver os seguintes pontos:

  • levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
  • mobiliário e equipamentos do posto de trabalho;
  • condições ambientais;
  • organização do trabalho.

Fique atento: a meta é a estabilidade dos sistemas humano e técnico, que, como consequência, garante qualidade de vida, de produção e dos produtos fabricados. A partir do momento em que o programa tem bem definidos as metas e os meios para alcançá-las, é importante, para a continuidade das ações, que sejam implantadas formas de autoavaliação.

Em relação à exposição dos trabalhadores aos riscos químicos, físicos e biológicos, o PPRA é o responsável em gerencia-los, e contempla as seguintes etapas:

  • antecipação e reconhecimentos dos riscos;
  • estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
  •  avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
  •  implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
  •  monitoramento da exposição aos riscos;
  •  registro e divulgação dos dados.

É preciso identificar os riscos envolvidos em cada passo da tarefa que o colaborador executa. A partir desse tipo de avaliação, é possível criar condições para evitar os acidentes de trabalho. Com a orientação adequada, o colaborador vai conviver com os riscos, mas terá mais segurança.

2. Cuide da ergonomia

Como vimos, a análise e a intervenção ergonômica são previstas pela NR 17. Além disso, são fiscalizadas pela Secretaria do Trabalho.

Contudo, mais do que os aspectos legais, é importante entender os benefícios gerados para as empresas no dia a dia.

A justificativa é simples: ao criar um ambiente confortável e seguro (ou seja, ergonômico) para os trabalhadores, eleva-se a produtividade e diminui a incidência de diferentes formas de acidentes. Portanto, após realizar a AET, o próximo passo é instituir as medidas ergonômicas. Para fazer isso, são indicadas as seguintes providências:

  • adaptação do mobiliário;
  • fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI);
  • fornecimento de equipamentos que permitam que o colaborador fique em uma boa postura na execução das tarefas. Entram aqui suportes para notebooks, mouse pad com apoio para o pulso, apoio para os pés, entre outros;
  • incentivo às pausas dos colaboradores para alongamento;
  • realização de atividades que fortaleçam a musculatura e incentivem uma boa postura no ambiente de trabalho, como a ginástica laboral.

3. Conscientize e eduque os colaboradores

A análise de riscos é importante, assim como a adoção de medidas que ajudem a melhorar o ambiente de trabalho. Porém, sem a conscientização dos colaboradores, os resultados dos programas ergonômicos e de segurança do trabalho podem não ser tão eficazes na redução de acidentes de trabalho.

O dia a dia mostra que os programas de conscientização e educação do funcionário são essenciais para a redução dos acidentes de trabalho. A partir de palestras, cartazes ilustrativos, frases educativas e alertas de segurança, a empresa consegue ensinar à equipe quais são os riscos de acidente, ergonômicos, químicos, físicos e biológicos aos quais ela está exposta.

Pense nisso: não há como prevenir aquilo que não se conhece. Reside nesse aspecto a importância, por exemplo, da emissão da Ordem de Serviço prevista na norma regulamentadora número 1 (NR-1) no momento da contratação do empregado, cabe ao empregador: informar aos trabalhadores:

  1. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;
  2. as medidas de controle adotadas pela empresa para reduzir ou eliminar tais riscos;
  3.  os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
  4.  os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho;
  5. elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos trabalhadores;
  6. permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
  7. determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas;
  8. disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
  9. implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores.

Atendendo à NR-1 o empregador garante que todos seus empregados estão cientes quanto a exposição aos riscos e as medidas de controle desde à admissão. É uma oportunidade importante, também, para se conseguir a colaboração dos colaboradores em treinamentos, realização de exames ocupacionais, utilização de EPI e adoção das normas de segurança do trabalho impostas pela empresa, uma vez que o colaborador passa a ter deveres com a empresa no momento em que assina a Ordem de Serviço na sua admissão, caso não atenda as medidas de controle determinadas pela empresa na OS, o empregado poderá ser desligado pela empresa por justa causa.

Colaboradores de escritório ou de linha de produção estão sujeitos a imprevistos diferentes, daí a necessidade de se atuar também de forma mais individualizada. Na prática, isso significa que os programas de prevenção serão aproveitados por todas as equipes, mas é preciso acompanhamento diário da equipe de segurança do trabalho, na realização de inspeções e auditorias quanto a utilização de EPI pelos funcionários, comportamento adequado dos funcionários de acordo com a normas de segurança da empresa e adoção pelos funcionários de todas as medidas de controle determinadas pelo departamento de saúde e segurança do trabalho da empresa.

A simples emissão de documentos como PPRA, AET e OS não é garantia para saúde e segurança dos funcionários, é imprescindível que a empresa faça inspeções e auditorias contínuas para garantir que as medidas de controle propostas nesses documentos estejam sendo praticadas pela empresa e estejam em processo de melhoria contínua.

4. Promova ações de saúde e qualidade de vida

A NR 17 prevê a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. O objetivo é proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho. Mas como garantir isso para o colaborador?

Trabalhando em prol da saúde e da qualidade de vida. É por isso que podemos considerar as ações que aumentam o bem-estar no trabalho como preventivas para acidentes. Afinal, uma pessoa sob estresse ou sofrendo de fraqueza muscular, dores crônicas, ansiedade e cansaço está muito mais sujeita a se desconcentrar, se descuidar e acabar sofrendo um acidente.

É essa visão que tem feito com que as companhias invistam em programas capazes de promover hábitos de vida saudáveis, reduzir o estresse, fortalecer o sistema músculo-esquelético, minimizar a sensação de fadiga ao fim do dia e combater o sedentarismo.

Detalhe importante: nesse caso, estamos falando não apenas de prevenir acidentes de trabalho, mas de evitar o desenvolvimento de doenças ocupacionais. Listamos, abaixo, algumas alternativas que têm se mostrado bem úteis na promoção da saúde e do bem-estar do time:

  • ginástica laboral;
  • academia corporativa;
  • fisioterapia preventiva;
  • reeducação alimentar;
  • grupos de cuidados para doenças crônicas: diabetes, hipertensão e obesidade;
  • quick massage;
  • palestras de educação em saúde.

Invista na prevenção de acidentes de trabalho

Como você deve ter percebido, seguir a norma de ergonomia pode representar grandes vantagens para as empresas, extrapolando a questão legal. Isso porque os acidentes de trabalho são situações problemáticas para o meio corporativo como um todo.

Gestores, colaboradores e a própria companhia saem prejudicados. Seja simples ou complexo, o acidente envolve uma série de complicações, quebrando toda a cadeia organizacional e impactando diretamente a produtividade e o desempenho da equipe.

Há muitas situações que podem gerar um acidente de trabalho. Algumas delas são: impacto de pessoa contra objeto parado; queda de funcionário com diferença de nível; esforço excessivo ao erguer objeto; exposição a temperaturas elevadas ou à energia elétrica; estresse e lesões por esforço repetitivo.

Essas situações servem como exemplo e auxiliam na constatação de que, com a utilização de equipamentos de segurança, explicações sobre posturas corretas, ações que promovam a ergonomia e cuidados de saúde no trabalho, a incidência de acidentes sofre significativa redução.

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