Ergonomia: como deve ser feita a Análise Ergonômica do Trabalho e de Iluminância

Você sabe como efetivamente é feita a análise ergonômica nas empresas? E a Análise de Iluminância, que também entra nesse escopo, já ouviu falar e sabe como ela funciona?

Primeiramente, é preciso entender o que é a Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Essa é uma ação preventiva que busca, principalmente, evitar o desenvolvimento de doenças ocupacionais.

Ela procura avaliar a adaptação das condições de trabalho às condições dos servidores, tudo com o intuito de manter a integridade física e mental, conforme estabelece a legislação brasileira através da Norma Regulamentadora 17 do Ministério do Trabalho e Previdência.

Para tanto, são feitas análises no ambiente de trabalho, a fim de levantar dados que permitam à organização propor as melhores soluções para manter a integridade dos colaboradores.

Quer entender mais a fundo sobre o tema? Continue a leitura!

O que deve ser levado em consideração na análise ergonômica?

Uma análise ergonômica bem feita, de acordo com as regras da NR-17, deve analisar alguns parâmetros estabelecidos pela norma, a fim de alcançar um ambiente adequado para o bom desempenho e segurança dos profissionais ali presentes.

É importante se atentar a: levantamento, transporte e descarga de materiais; mobiliário; equipamentos; condições ambientais do posto de trabalho; organização do trabalho.

Portanto, são observadas as seguintes questões em uma análise ergonômica do trabalho:

  • Físico: movimentos repetitivos, posturas inadequadas, esforços elevados  e outras condições relacionadas;
  • Ambiental: aspectos como calor, vibrações, ruídos e iluminância;
  • Cognitivo: condições que colaboram para o estresse, sobrecarga mental, tomada de decisão, memória e outras similares;
  • Organizacional: escala de trabalho (turnos), carga de trabalho, hora extra etc.

Em relação a análise de iluminância, é importante frisar que a mesma deve considerar uma iluminação geral uniformemente distribuída e difusa, além de ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

 

Como fazer a análise ergonômica do trabalho?

Para fazer a AET, é preciso seguir um passo a passo, para que sejam cumpridas todas as normas da NR-17, que deve ser devidamente documentado durante o processo. Confira abaixo:

Passo 1 – Apresentar e identificar a empresa

Consiste em apresentar todos os detalhes referentes ao negócio, contextualizando-o perante o mercado, como o ramo de atuação, perspectiva de crescimento da empresa, estrutura física e outros aspectos relacionados.

Passo 2 – Definir os objetivos da análise

Agora é hora de definir o objetivo específico e o motivo pelo qual a análise está sendo feita. Aqui, é preciso conciliar as orientações da NR-17

Aqui, vale lembrar que é essencial alinhar as orientações da norma regulamentadora às características do negócio e compromisso do mesmo com a saúde dos seus trabalhadores.

Passo 3 – Traçar o perfil dos funcionários 

Este perfil engloba todos os dados referentes aos trabalhadores como faixa etária, experiência, níveis hierárquicos e qualificação profissional.

Neste momento é preciso considerar também o número de trabalhadores ativos, a rotatividade e a divisão de tarefas, além de levar em consideração dados referentes aos pré-requisitos para contratação, estado de saúde, morbidade, absenteísmo e outros.

Passo 4 – Organizar o local de trabalho

De acordo com a NR-17, entende-se por essa organização questões como turno de trabalho dos colaboradores, complexidade das tarefas, cultura organizacional, as formas de remuneração, e muito mais.

Passo 5 – Descrever as funções executadas por cada trabalhador

A descrição da atividade está relacionada com a função do colaborador na empresa, de forma geral.

É preciso considerar também os recursos necessários para a execução do trabalho.

 Passo 6 – Descrever as tarefas realizadas

Este já é um passo mais detalhado, onde minuciosamente são descritas cada tarefa realizada pelos trabalhadores, ou seja, como exatamente as funções são feitas no dia a dia.

É nesta etapa que são considerados cada movimento feito pelo colaborador, como eles são feitos (se utilizam maquinário ou não), além de relatar se existem dificuldades no desempenho das tarefas e outros aspectos relacionados.

Passo 7 – Identificar os fatores ambientais que geram impacto

Como dissemos, fatores ambientais são de extrema importância para a boa execução das tarefas, já que podem interferir no nível de estresse, na concentração e no bom desempenho do funcionário.

Por isso, documente os níveis de ruído, temperatura, iluminação e vibração.

Passo 8 – Apresentar medidas corretivas

Finalmente, com o documento em mãos e uma análise completa, é hora de colocar em prática os apontamentos, promovendo assim a saúde e segurança dos trabalhadores.

Para isso, são apresentadas medidas corretivas e/ou preventivas, como troca de equipamentos e maquinários, troca de mobiliários, mudança no layout do escritório e outras.

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