Risco ergonômico: conheça 3 riscos comuns nas empresas

Riscos ergonômicos

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e, diante desse fato, muitos se empenham em obter melhores resultados. Contudo, o corpo possui limites e é preciso entender essa situação e respeitá-la, para que ele não sofra danos. Neste sentido, é importante que a empresa busque oferecer condições adequadas para a atividade laboral, o que inclui agir contra o risco ergonômico. O profissional que se sente acolhido e percebe a preocupação da empresa, com certeza apresentará melhores resultados, além de trabalhar mais feliz.

Dos 5 milhões de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil entre 2007 e 2013 — data da última atualização do anuário estatístico da Previdência Social —, 45% acabaram em morte, em invalidez permanente ou afastamento temporário do emprego. Só nesse período, o desembolso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com indenizações aos acidentados foi de R$ 58 bilhões. Além da pensão por morte e invalidez, o INSS paga ainda o salário do segurado a partir do 16º dia de ausência no emprego.

A empresa deve ter consciência do seu papel na manutenção das condições de trabalho. Isso envolve trabalhar ativamente pela redução dos riscos ergonômicos, que podem afetar a saúde, segurança e o bem-estar dos colaboradores. Ao ignorar a questão ergonômica, o trabalhador sofre no seu corpo as consequências e o empregador no seu bolso, através de baixas na produtividade, gastos médicos, auxílio doenças, faltas e outros prejuízos.

Mas quais são os principais riscos ergonômicos encontrados nas empresas? Como a empresa pode atuar de forma preventiva contra esses riscos? Acompanhe neste artigo.

O que é risco ergonômico?

Qualquer risco envolvendo fatores biomecânicos e que possa causar desconforto ou afetar a saúde dos colaboradores é considerado um risco ergonômico. Isso inclui desde um trabalho realizado em uma posição inadequada, mobiliários inadequados, ausência ou uso incorreto de equipamentos e máquinas, até jornadas muito longas, monotonia e repetitividade nas atividades executadas, ou situações de alto nível de estresse mental. Diferente do que muitas pessoas pensam, para que haja risco ergonômico, não é preciso que o trabalho envolva riscos de acidentes graves.

Assim, ergonomia significa adequar o trabalho às pessoas e não as pessoas ao trabalho. No Brasil, o governo sentiu a necessidade de criar normas regulamentadoras para implementação e fiscalização da ergonomia nas empresas. Através do Ministério do Trabalho e Emprego, criou a “Norma Regulamentadora 17”, também conhecida como Norma da Ergonomia.

Quais riscos ergonômicos são comuns nas empresas?

Listamos 3 riscos ergonômicos encontrados comumente nas empresas.

Repetitividade de movimentos e ausência de pausas: provocam LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, atingindo principalmente profissionais na faixa etária de maior produtividade, entre 30 e 40 anos de idade, sendo mais comuns em bancários, metalúrgicos e operadores de telemarketing.

Trabalho físico pesado, esforço físico, posturas incorretas e posições incômodas: provoca cansaço, dores musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlceras, moléstias nervosas, alterações no sono, acidentes, problemas de coluna, etc.

Ritmo excessivo, jornada prolongada, controle rígido da produtividade, excesso de responsabilidade: provocam desconforto, cansaço, estresse, ansiedade, doenças no aparelho digestivo (gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no sono e na vida social (com reflexos na saúde e no comportamento), hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatias (angina, infarto), diabetes, asmas, doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade e comportamentos estereotipados.

E como agir preventivamente?

Também listamos algumas dicas para auxiliarem as empresas a agirem de forma preventiva.

Dê importância às pausas regulares: quem trabalha com computador, permanecendo sentado (a) várias horas em frente à mesa, a cada 50 minutos deve fazer pausas, indo ao banheiro, atendendo algum telefonema particular ou parando para fazer um lanche, por exemplo.

Valorize uma boa postura: más posturas devem ser corrigidas. Deve-se sempre ficar com os pés apoiados no chão, a parte de trás do joelho deve encostar no assento e as costas devem se apoiar no encosto da cadeira.

Tenha atenção ao peso dos objetos: não se deve carregar peso superior a 18 kg, assim como não transportar cargas acima de 6 kg em apenas uma das mãos. Não é aconselhável dobrar o quadril abaixando-se para pegar algum objeto superior a 18 kg mais de uma vez a cada cinco minutos. Cargas de 23 kg ou mais devem ser transportadas por, no mínimo, duas pessoas.

    Não deixe de utilizar EPIs: os equipamentos de proteção individual, como luvas, protetores auriculares, capacetes, entre outros, servem justamente para proteger o colaborador.

É importante ressaltar que o desenvolvimento da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é fundamental para o combate e prevenção dos riscos ergonômicos. E através dela, é possível garantir um ambiente de trabalho mais confortável, seguro e adequado aos colaboradores.

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